Wednesday, September 14, 2005

Insônia


O acúmulo de erros
A consciênia pesada
O grito engasgado, a dor mais profunda, o perigo eminente
Eu sou a pólvora que dilacera, a bomba que distroe
Eu não construo, eu encerro
Apresento o fim, a morte
Sou a imundince, o desprezo, a miséria
Uma coleção de vícios, mil vezes maculada
O medo que vicia, a tristeza que alimenta
O erro, o fracasso o insucesso
Alma mergulhada em cal e enxofre, banhada no fel da discórdia
Sente e percebe e sofre e não aprende - Involução
Aquilo que contraria todas as regras do Universo
Desmedida, desregrada, desgraçada
Uma loucura usurpada de milhares de loucos
Perdida e perdedora
Perdeu todas as vezes
Por conta de uma pedra na mão
Me embriago morrendo, vivo morrendo, morro bebendo
Gargalhadas da loucura
Vozes estranhas ao redor a dizer escárnios e maldizeres
Figuras animalescas povoam a paisagem
Tudo era frio e sombrio no pesadelo de ontem a noite