Tuesday, February 22, 2005

Aventuras de Alice no Inferno de Dante




Alice de vez em quando sai a passear pelo jardim dos passatempos.
Ela não busca ali, nada mais que distração.
Alice sabe que jamais encontrará algum tesouro, algo que a comova e faça feliz.
Mas ainda sim ela se pôe a passear pelo jardim de rosas efêmeras. Momentos de alegria instantânea e passageira, alguns sorrisos, algumas brincadeiras, dança de roda, e muitas vezes, salada mista.
Ainda que um jardim de passatempo, se você não tomar cuidado pode se machucar.
Espinhos venenosos, pregos enferrujados, corações despedaçados, tudo isso, Alice já viu por lá.
Alice já se vacinou, já tomou alguns antídotos e já se benzeu. Mas por vezes pega um mal estar passageiro.
Havia encontrado por lá algumas flores de aroma adorável, muitas mesmo, encantadoras. Mas coitadas, murcharam. O orvalho e a brisa suave da manhã, logo vão embora. As pobrezinhas não resistem. O encanto se quebra.
Alice que se dá ótimos conselhos mas que dificilmente os segue resolveu alterar a rota do percursso. Estranhamente ela sabe que deve mudar, mas não sabe onde ir. Já perguntou a muita gente, a lagarta azul, ao rato, ao coelho. Mas se você não sabe onde quer ir qualquer caminho é válido? Talvez não, talvez sim.
Hoje Alice está assim, confussa, amuada, cansada. Voltará para seu casulo. De lá pretende não mais sair.
Chega de esculacho, chega de chaveirinhos que vão embora, chega de garotinhos curiosos.
Alice buscava um S. Alice tornou-se um grande S, um S de Solidão.

Friday, February 04, 2005

Em um Momento se Vive uma Vida

Nada melhor que
Acelerar, acelerar, acelerar e
Meter o pé no freio
Se perder o controle da direção
Ótimo
Gosto de emoções fortes
A questão é que não estou encontrando o tal pedal
Já estou a 800 milhas por hora
Sinto que a qualquer momento vou me espatifar
Mas uma Vida
Se não é para ser Intensa
e Bem Vivida
Não vale a pena