Thursday, November 25, 2004

I am a wicked child

Posted by Hello

Come to me
For I am a wicked child
I am so confused
I am a wicked child
I am a wicked child
I am the devil's son
And I wish
I could be good
Keep you satisfied
Yeah, I wish I could be good
I wish I could be good

Come to me
For I am a wicked child
I am so confused
I am a wicked child
I am a wicked child
I am a wicked child
I want to be dead
I want to be dead

Radiohead

Wednesday, November 24, 2004

Dona Felicidade

Posted by Hello

Lua lá no céu,
Queijo pão de mel
Na ponta do pincel,
Mostra no papel aonde encontrar
A tal da dona felicidade

Perguntei pro céu
Perguntei pro mar, pro mágico chinês
Mas parece ninguem sabe, aonde a felicidade
Resolveu de vez morar

Até que um anjo me disse, que ela existe
Que é tão fácil encontrar
Bem lá no fundo do peito o amor é feito
É só você se entregar

E você vai ser muito feliz,
É só na vida acreditar
E você vai ser muito feliz,
É só na vida acreditar

by A Turma Do Balão Magico

Tuesday, November 23, 2004

Arrastando Maravilhas

 Posted by Hello


Eu não tenho muito, quase nada
Só a sombra do meu corpo sobre a estrada
Misturada a galhos secos
Eu só tenho becos e perguntas
Minha alma e minha culpa dormem juntas (...)

No silêncio do vazio
Arrastando maravilhas
Nem vertigem, nem limites
Daqui a pouco é outro dia

Arrastando Maravilhas - Marcela Biasi

Monday, November 22, 2004

Chapeuzinho Vermelho

Millôr Fernandes



Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores — o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).

Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".

Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez — o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado — e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.

Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.

Wednesday, November 17, 2004

Citação

" Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."

(Oscar Wilde)





bonnefantem museum Maastricht



Monday, November 15, 2004

Uma mente mais sadia

Há algum tempo atrás Alice tinha uma coleção de chaveiros.
Tinha chaveiro do Palmeiras, chaveiros grandes, coloridos, de várias formas.
Alice não ligava mais pra sua coleção.
Dias desses, Alice viu um chaveirinho lindo e ficou encantada. Não era como aqueles chaveiros bobos e feios que já tivera.
Alice queria carregar o chaveiro pra cima e pra baixo, até debaixo do travesseiro o colocava, para dormir bem pertinho dele.
Alice, menina doidivana e relaxada, perdeu o chaveirinho.
Puxa, que puxa.
Ah menina, não serve pra ter nada!
Não mais encontrou o chaveirinho.

Alice já estava cansada de suas aventuras e peripécias.
Reparou que só recebia esculacho ao longo do caminho.
Resolveu sair daquele "mundinho encantado", que de encantado não tinha nada.
Sabia que estava com saudades de uma pessoa. Alice estava com saudades de Alice. Aquela garotinha meiga e carinhosa que havia ficado pressa no passado. Perdida no labirinto do seu eu.
Decidida, saiu ao resgate de si mesma.
A busca foi dolorosa e bonita, o caminho foi a intensa reflexão.
O encontro mais ainda, choro, abraços, uma certa dúvida no reencontro (era aquela menininha realmente? É, é sim! Olhe bem.)
Daí então, uma brisa suave bateu.
Uma paz no coração se alojou.
Alice se encontrara novamente. Iria andar agora, acompanhada da razão e de sua consciência. Traços marcantes de sua antiga personalidade.
Mas claro, aquela menina do passado não passara inatingida pelo tempo.
O Tempo provoca algumas mudanças. Impossível tentar fugir disso.
No entanto, essas mudanças, experiências que ela possuia agora, adquirida por suas andanças no Labirinto a fazia mais lúcida, e melhor agora.

Thursday, November 11, 2004

Alucinações - Um amor que vai embora sem ter chego

Essa boneca não vem com manual


Ou ainda - Minha alma tem uma grande Larica

Diz que sim

Diz - talvez

Mas não me diga nunca

Traga-me o cardápio

Um amor prêt-a-porter ?

Paixão a pronta-entrega ?

Aquela pizza que já chega fria

O queijo com gosto de borracha

A massa podia ter menos farinha

No sabor mais poesia

Lirismo free-style

LSDeus, cerveja gelada, raiz forte no juizo

Sigo contando os passos, os pássaros a voar, os sabiás a nadar

Ossos enferrujados, assombrações do passado

Será que foi tudo muito depressa?

Sinto fome ainda

Um bife do teu próprio fígado, churrasquinho de tua alma

Antropofagia não

Só a psycodelia nos une

Wednesday, November 10, 2004

Comprei correntes grossas ontem

Um pouco mais de graciosidade

Resolvi comprar correntes grossas
E prendi o cachorro Rabugento no pé da árvore
Ele estava mordendo a canela de todo mundo que passava
Aquilo estava ficando sem graça
E agora ele está aprendendo a viver de outra forma
Está menos chato agora
Ficou a estudar deitado na grama
E aproveitou para apreciar o sol e a bela manhã
Não rosnou e nem mordeu ninguém
Até Bom Dia falou para alguém
Foi para a aula e que surpresa
Mais um ponto na prova, que beleza.
Ficou com dó do garoto que carregava um grande troféu.
Ter um trofeuzão pode ser muito trabalhoso.
Carregar uma medalhinha pode ser mais proveitoso.
E mais tarde, quando a noite chegar
Não vai mais latir como um doido e se lamuriar como um louco.
Porque aprendeu que se pode conversar com as Estrelas
Que se pode confessar com a Lua
Que se pode viajar além do infinito
Que ouvir uma palavra de carinho bem faz à saúde
Que dar um carinho também faz......
Aah, cachorrinho maroto


Tuesday, November 09, 2004

Como você vê o som de um cachorro latindo?

Imagine that when you see a city's skyline, you taste blackberries. Or maybe when you hear a violin, you feel a tickle on your left knee. Perhaps you are completely convinced that Tuesday are light red. If you have experiences like these, you might have synesthesia.

Synesthesia ===== Joined Perception

What is Synesthesia?

Esta é uma condição algo peculiar, em que os o sistemas sensoriais de uma pessoa se interconectam entre si. Por exemplo, uma pessoa com sinestesia pode ver cores quando ouve um som, ou pode sentir o gosto das palavras. A estimulação de um sentido, ao que parece, causa uma estimulação imprópria de outro. A forma mais comum de sinestesia é quando as pessoas vêem ou ouvem palavras em cores. Frequentemente o sinestésico tem uma memória excepcional, e uma tendência a ter experiências 'psíquicas' incomuns. No entanto, costuma ter problemas com a matemática ou com a orientação espacial.

Ninguém sabe realmente o que acontece no cérebro de um sinestésico. Uma das explicações propostas é que a região do cérebro que recebe normalmente a informação proveniente do sistema auditivo também recebe informação do sistema visual. Isto sugere que existe fiação cruzada no cérebro.

Uma coisa é certa, os sinestésicos não acham que sua habilidade incomum seja uma desvantagem. A maioria deles, certamente, sente pena de todos nós que vivemos em um mundo tão incolor.

You have brains You have feet You can steer yourself
in your head. in your shoes. any direction you choose

Montanha Móvel, Certeza Volúvel, Mundo Delével


Monday, November 08, 2004

A Fuga da Tartaruga

Alice é uma menina estranha.
Alice tinha uma tartaruga.
Não há nada de estranho nisso.
Muitas garotinhas de outras famílias também têm tartarugas, e não só, há quem tenha cobras, hamsters, furões, tamanduás, koalas, cangurus, hipopótamos(liláses?), elefantes....
Mas Alice não conhecia nenhuma menininha cuja tartaruga havia fugido.
E Alice disse:
- Puxa, tartaruga corajosa! Fugiu de casa.
E Alice pensou:
" Tartaruga realizou o desejo de Alice."
¨.().¨
Alice agora, quer ser Tartaruga.

Uma visita inesperada

Alice conhecia uma senhora chamada Felicidade.
A pequena menina já recebera algumas visitas dessa senhora. Mas suas aparições eram raras e época definida para acontecer não tinham. Poderia ser no verão, na primavera, até no inverno Alice já fora agraciada com sua presença. Essas visitas eram muito queridas pela garota . Felicidade lhe contava muitas histórias. Contava histórias de um mundo que Alice não conhecia. Um mundo de carroseis mágicos, algodão-doce que nasce em árvores, borboletas bailarinas, vagalumes saltitantes, bosques encantados, nuvens de marshmellow e fontes de calda de caramelo. Um mundo sem dor de dente e onde as crianças não precisam escovar os dentes. Só festas e alegrias, um mundo de regalias - (cheio de free-lunch e sem custos de oportunidade, opsss !!!!)
Dia desses, Alice recebeu a visita dessa senhora. E por sorte, estava em casa e atenta, quando a Felicidade bateu a sua porta.
Durante a visita, Alice, menina tola que é , sentiu-se única e especial. A Felicidade causa essa sensação nas pessoas. E Alice viajou na ilusão do momento.
Mas Felicidade tinha muitas outras garotinhas para visitar e muitas sensações provocar.
A visita não durou mais que meia hora.
A Felicidade já foi embora.

Friday, November 05, 2004

Capricórnio

Seu horóscopo
O momento pede paciência e mesmo que esta não seja sua característica mais marcante, você precisa conter o impulso de responder às provocações ou situações de desafio.

Dica do dia
Novos amigos e muito sinceros, poderão surgir hoje e durar para sempre, só depende de como você vai agir para conservar essas amizades.




Thursday, November 04, 2004

Pela toca do Coelho

Era uma vez um coelhinho muito sozinho, acostumado a espiar o mundo pela entrada de sua toca.
Certo dia, o coelhinho viu um lindo garotinho passar por ali e resolveu sair e chamar a atenção do garoto. Estava muito cansado dos seus dias enfadonhos e resolveu arriscar-se.
E então, o menino ficou contente com a presença do coelho, como é de costume com as crianças daquela idade.
Por aquelas horas, coelhinho viu o mundo ficar cor-de-rosa e seu peito encheu-se de alegria.
O garoto e o coelho sairam para colher amoras, correr pelas pradarias e brincar no lago. Coelhinho não cabia em si de tanto contentamento.
No outro dia, o garotinho ainda lembrou-se do coelho e foi até a toca do coelhinho chamá-lo para brincar mais um pouco, contar anedotas e apreciar o mundo que podia ser cor-de-rosa também.
Mas o garotinho estava ali só de passagem.
Coelhinho foi só um passatempo rápido para o meninu levado. Os meninos naquela idade têm um mundo de outras brincadeiras e coelhinho era só o coelhinho. Coelhinho não era importante para o meninu.
Coelhinho recolheu-se em sua toca.
Lá fora agora, caia uma chuva, lágrimas rolavam do céu.
O mundo voltou a ficar cinza.
Não houve mais brincadeiras.
Coelhinho estava sozinho novamente.

Wednesday, November 03, 2004

Ou aquilo era muito fundo ou ela caía muito devagar

Primeiro, ela tentou olhar para baixo e compreender para onde estava indo, mas estava escuro demais para ver alguma coisa.
Sono, muito sono.
Viverei minha realidade mergulhada no mundo dos sonhos.
Pensamentos confusos, sentimentos embaralhados.
Amor, medo e preocupação.
Uma sensação boa, de não sentir o chão.
GELÉIA DE LARANJA COM SAlSINHA tudo numa mesma fatia de pão.
Mas será que o pão já está embolorado?
MEU DEUS, vou morrer de inanição.
Para baixo, para baixo, para baixo. Essa queda nunca chegará ao fim?
Posso me esburrachar, mas quero ver onde isso vai dar...