Saturday, July 23, 2005

Brincando de Pique-Esconde


Inside and Outside


Melhor seria brincar de amarelinha, ou não. Elas se escondem, mas estão doidas para serem encontradas.
Alice pensa que a maioria das pessoas é medrosa, e o medo limita muito.
Na verdade, Alice é uma pessoa cheia de perguntas, curiosa e ávida por experiência. Se quer ir até o pequeno jardim e ver a beleza e diversidade que há por lá, fará de tudo para conseguir.
O único modo verdadeiro de aprendizagem é a experiência, isso não quer dizer que ela não quebre a cara. Às vezes, senta e chora, nada em uma mar de caramelo porém a piscina de lágrimas também a acompanha. Sente por vezes a falta do chão, um prumo e uma direção. A cada buraco negro uma descoberta, uma viagem ao desconhecido, este que exerce medo e fascínio. O importante é controlar o medo. Eu salto de pára-quedas porque tenho medo do avião.
Mas dessa forma, o que aprendo fica impregnado em mim. É uma mistura mágica de aprofundamento sensorial, acesso do inconsciente, entendimento pessoal e claro, muita curtição.
Apesar das pessoinhas medrosas e por vezes mesquinhas, Alice ainda se põe a conversar, ouvir, entender e explorar. Uma exploração que imita o astronauta, o navegador e o caçador de esmeraldas.
Cada pessoa é um universo inesgotável, cada conexão que fazemos com outro ser é um mergulho em uma realidade paralela, uma outra frequência, um modo novo de ver e sentir o que sempre esteve ao nosso lado, através das lentes e do tecido táctil e cognitivo de outro indivíduo. Mas a maioria das pessoas se esconde, planetas dessa esfera galáctica brincando de pique-esconde. Aahh, o medo. Medo da rejeição e da crítica.
O melhor é se jogar e ver no que vai dar. Não é!!???