Sunday, June 26, 2005

Remoendo coisas passadas

Saudades de algo que vivi e de algo que ainda não vi.

Saudades de um futuro que virou passado, tudo aquilo que poderia ter sido e simplesmente se esvairiu por entre suas mãos.

Por motivos tolos, atos impensados, gestos brutos e caminhos traiçoeiros.

Todos deveriam ter o direito a uma segunda chance, rascunho e nota final. Estamos caminhando ainda, engatinhando, para ser mais exata.

E já responder por todos os seus erros, e claro, os acertos, mas eles são tão poucos.

Mais que saudade, mais que cansaço, una todos esses sentimentos, mescle-os, um pouco de desilusão, um pouco de frustração.

Não, essa sensação não tem explicação.
Uma vontade de parar no meio do caminho.
Desisitir, não ser, não querer.

Essa distância também tem acabado com o resto de energia que me sobra.
Distância de você. Nunca te esqueci. nunca. Convivo com sua ausência.
Cada dia que passa é um dia a mais de vida, ou é um dia a mais de morte?
Comemoramos um ano de vida ou um ano a mais próximo da morte?

Não entendo os porques, na verdade nem sei mais quais são minhas perguntas.

Não tenho mais dúvidas. Desisti de entender.
Não procuro mais por justiça, verdades e direitos.
Sentidos, razões e motivações.

Um niilismo profundo.

Talvez eu tenha atingido o ápice, o Ápice dos Caos.

Não sei o que fiz com tudo aquilo que sonhava, e que planejava.
Realizei algo? Conquistei algo? Quero algo?

Sim, talvez eu ainda queira algo ou alguém.
Mas está muito confuso.
Preciso de um algoritmo para ordenar minha existência.

1)Abra as asas
2)Caminhe, caminhe
3)Bata as asas
4)Voe, voe
5)Se liberte

1)Respire fundo
2)Mergulhe dentro de você
3)Nade
4)Procure por Alice
5)Admire a paisagem


Alice, estou com dó de você.
Se a lagarta azul lhe fizer a célebre pergunta hoje, tsc, tsc...

Já sei Alice, tente descobrir aquilo que te agrada?
Existe algo, existe.
Pense Alice, pense.

E
n ã o
de sis ta
n u n c a